terça-feira, 31 de março de 2009

Reportagem sobre Atropelamentos na AV:Paulista

Carros VS Pedestres


Dois pedestres morrem atropelados por dia no trânsito da capital paulista, um índice que praticamente não se alterou nos últimos três anos: cerca de 1.500 pessoas morrem por ano no trânsito da cidade, metade delas, por atropelamento. Nas vias onde ocorre o maior número de casos, flagrantes mostram que pedestres também são responsáveis por manter a estatística. Atravessam fora da faixa, esperam pelo sinal verde no meio de avenidas movimentadas e até correm no meio dos carros. Mas, a causa dos atropelamentos é somente a desatenção do pedestre. "Eu corro porque, na maioria das vezes, o semáforo fecha enquanto eu ainda estou atravessando", reclama Eunice dos Santos, 37, que frequenta a Avenida Paulista, uma das campeãs em casos de atropelamento na capital -53 casos (balanço mais recente da CET - 2007). "Eu já fiquei no meio da avenida várias vezes, prefiro aproveitar e correr mesmo com farol vermelho", diz. Segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), de janeiro a outubro de 2008, 1.212 mortes. Das vítimas, quase metade eram pedestres, 569. Outras 202 eram motoristas ou passageiros, 386 eram motociclistas e 55 eram ciclistas. Quando os atropelamentos acabam em morte, 70% estavam fora da faixa de segurança, enquanto apenas 12% dos pedestres optaram por usar a faixa. Já 11% estavam andando pela pista e 7% na calçada. Para Luiza Yabiku, conselheira de segurança viária da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), ainda que o número de desatenciosos seja alto, a "culpa" não pode ser imputada exclusivamente aos pedestres. "Numa cidade como São Paulo, o que vale é todo um contexto urbano, a impaciência, tanto de pedestres como de motoristas, a falta de sinalização e o desrespeito às leis de trânsito", afirma. Com relação aos pedestres, um dos problemas apontados pela especialista é a falta de sinalização específica. Ela cita como exemplo a Avenida dos Bandeirantes, onde é preciso caminhar um longo percurso de ida e volta para realizar a travessia pelo local adequado. "O pedestre também tem pressa e, muitas vezes, ele prefere se arriscar. Não há informações sobre a próxima passarela ou travessia e ainda há muito perigo de assalto", avalia Segundo Luiza, tanto em vias bem sinalizadas como a Avenida Paulista, como em bairros, grandes causadores de atropelamentos são o desrespeito ao limite de velocidade e à sinalização existente. "Muitos motoristas ultrapassam o farol vermelho, enquanto pedestres aguardam em cima da faixa. O pior inimigo é a velocidade", completa. Em dezembro, a Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e a CET lançaram uma campanha para reduzir a violência do trânsito com três prioridades: educação, obras de melhoria e fiscalização.Os pedestres são o principal alvo. Segundo a CET, grande parte desrespeita faixa de travessia e para sobre a faixa para esperar o semáforo. Motoristas também não aguardam a conclusão da travessia pelo pedestre.A secretaria comprometeu-se a realizar a pintura e manutenção de faixas, trocar e instalar gradis nas vias e nos corredores de ônibus e melhorar a iluminação. Ainda não há balanço sobre o resultado dessas medidas, já que os dados relativos a 2008 não foram compilados. Os Cruzamentos mais perigosos de São Paulo segundo a CET, para os pedestres são os da Avenida do Estado com Av. Santos Dumont; da Avenida Brigadeiro Luis Antônio com Av. Paulista; da Av. Ipiranga com Av. São João; da Rua João Teodoro com Av. Tiradentes; e da Avenida do Estado com Av. Mercúrio.Em São Paulo, até agosto, morreram 455 vítimas por atropelamento-- o equivalente a duas mortes por dia. Segundo dados da secretaria, a cidade de São Paulo registrou, em 2006, um índice de 1,3 mortes para cada 10 mil veículos. Até agosto de 2008, este índice foi para 1,13 mortes para cada 10 mil veículos. O índice brasileiro em 2006 foi de 4,1 mortes. De acordo com Alexandre Moraes, o intuito da campanha é prevenir o índice de mortes por atropelamentos. "Um fator importante é que atingimos uma curva descendente de mortes e conseguimos uma redução de 15% entre o período de 2006 a 2008".

domingo, 29 de março de 2009

Para Meditar

Ter verdadeiro sucesso na vida é: rir muito e muitas vezes; ganhar o respeito de pessoas inteligentes; gozar do carinho de meninos; ganhar o reconhecimento de pessoas qualificadas e saber suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza; procurar o melhor nos demais; deixar o mundo um pouco melhor de como o encontraste - com um filho são, um jardim bonito ou uma pessoa mais feliz; saber que ao menos alguém viveu melhor graças a ti.